::: A TORRE EIFFEL E A DILATAÇÃO TÉRMICA :::





Torre Eiffel hoje, 11 de julho
Estou passando férias na França. Neste momento estou em Paris. Mas amanhã viajo para o sul da França.
Hoje voltei à Torre Eiffel. E, diante dela, que tem 324 m de altura (da base até as antenas no topo) e é toda de ferro, lembrei-me de um detalhe físico importante: a rigor, conforme a temperatura ambiente varia, a torre muda de altura por efeito da dilatação e da contração térmicas!
Hoje a temperatura ambiente está alta pois é verão no hemisfério norte. Mas no inverno a temperatura ambiente cai drasticamente. E com toda essa possível variação térmica a torre vai ter diferentes alturas por causa da amplitude térmica anual local.
Pesquisei e descobri que em Paris as temperaturas (médias) mínima e máxima ao longo de um ano podem ser Tmin = -5oC e Tmáx = 35oC. Logo, a amplitude térmica vale ΔT = 35 - (-5) = 35 + 5 = 40oC. Sabendo que o coeficiente de dilatação térmica linear do ferro mede α = 1,1.10-5 oC-1, podemos estimar a variação ΔL no comprimento L da Torre pelo seguinte modelo de dilatação térmica linear:


Conclusão: a Torre Eiffel varia a sua altura em pouco mais de 14cm ao longo de um ano, ou seja, entre as temperaturas mínima e máxima de Paris. E é claro que esta mudança de altura da ordem de uma dezena  de centímetros é imperceptível frente ao tamanho da torre, da ordem de centenas de metros. Mas, se a dilatação não for levada em conta, pode gerar tensões perigosas para a integridade física da torre. Certamente, na construção da torre, isso foi pensado.

Detalhe da Torre Eiffel hoje, 11 de julho
Fico na Europa até o dia 20 de julho. Se eu "sumir" você já sabe: férias! Mas, se der para dar uma escapadinha, como esta agora, tento postar alguma coisa. Afinal, é Física na Veia sempre, sem folga, porque o prazer não precisa parar!

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